segunda-feira, 6 de junho de 2016

O Paradoxo Que Sou

O paradoxo que sou se divide entre o choro e a alegria. O paradoxo que sou é metade cama e metade rua. Metade aconchego e metade folia. "Uma parte de mim pesa, pondera, outra, delira." Uma parte de mim quer ganhar o mundo, a outra fala mais forte e quer ganhar um coração que me acolha. Uma parte de mim é constante, outra, intinerante. Parte de mim brinca de viver, outra leva a sério os pequenos detalhes. Uma vertente quer abraço, e a outra quer olhar. "Uma parte de mim é multidão, outra, estranheza, solidão." De um lado o fogo, do outro afago. De um lado desejo, do outro puro afeto.
Uma parte de mim é uma mulher madura, que cuida de suas responsabilidades como se o mundo fosse acabar hoje. Outra parte (a mais forte), é aquela criança que sonha mais do que dorme, que ama mais do que pode. A mulher em mim é intensa, a criança em mim é mais intensa ainda. Ambas cirandam com as dúvidas, brincam com nuvens como se elas fossem de algodão. Uma parte de mim diz para eu partir, outra, me ensina a importância do pouso.
De um lado a prática para os afazeres do dia a dia. Do outro lado o verbo, a Poesia.
Metade de mim é abrigo. Metade ficou pelos caminhos que trilhei.
Metade de mim  é jujuba, chocolate, torta, café, cafuné.
O todo que sou é um paradoxo, um paralelo.
Metade de mim é voo, outra pés no chão. Metades que são alma, corpo, coração.
Metade de mim é luz, outra, involução.
Uma parte razão, outra, emoção.
O Paradoxo Que Sou quer amor, quer o bem.
"Metade de mim é amor e a outra metade também."

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