Às vezes, ou melhor, diversas
vezes, tudo o que eu preciso é sumir. Isso. Sumir. Sem dizer a ninguém o meu
destino, nem a mim. Deixar que o vento me leve para o lugar que minha alma
necessita, pois essa alma minha precisa repor as boas energias. Conhecer novos
ares e olhares, novas culturas, novas músicas. Reconhecer-me. Reencontrar-me.
Lembro que desde nova dava
trabalho a minha mãe, pois ela ficava preocupada com os meus sumiços... Eu
precisava daquilo, sabe? De ir para debaixo daquela velha construção e deixar
as minhas emoções saírem de dentro. Eu precisava andar sem destino, sem tino,
sem ninguém além de Deus e de mim mesma.
Portanto, se eu sumir, não
fique em pânico. Sabe, tem coisas que a gente só resolve com a gente mesmo. E eu
nunca fui de fugir de mim. Eu me encaro (de frente). Quando me perco não me dou
por vencida. Não entrego o ponto fácil. Eu sou de lutar com os meus próprios monstros,
pois aprendi que ou nós enfrentamos nossos próprios medos ou eles nos devoram. E
quer saber? Eu enfrento os meus e os mastigo quando necessário.
Aprendi desde cedo que viver e ser o que se é, requer
coragem, mergulho. E não é na primeira esquina que a gente se encontra. Pode ser
que na segunda também não. Mas em cada uma encontramos um pedacinho que
precisamos, deixamos um pedacinho do que já não nos caber ser/ter.
Eu preciso imergir em meu mundo, longe de contato social. Preciso, em essência, de mim mesma. Esse não é um estado de tristeza. É a necessidade que tenho de me recompor para voltar mais forte, mais eu.
Eu preciso imergir em meu mundo, longe de contato social. Preciso, em essência, de mim mesma. Esse não é um estado de tristeza. É a necessidade que tenho de me recompor para voltar mais forte, mais eu.
Se eu sumir, não se preocupe. Eu gosto de estar comigo. É saudável e prazeroso me reencontrar.
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