A gente foi acontecendo
assim de uma forma tão bonitinha, tão natural quanto a luz do dia. Foi uma
dessas histórias que a gente acha que nunca vai nos acontecer, porque a gente
só vê isso em novelas. A gente foi se ganhando sem perceber, fomos nos
envolvendo com os problemas um do outro através de uma confiança que não sei de
onde veio, mas sei que aconteceu naturalmente.
E o que era apenas uma
dança se transformou num afeto lindo, lindo, lindo. Aquela noite deixou para
sempre suas marcas em mim. Nem eu dava nada por nós, sabe? Eu tava numa fase
estranha com aquele velho medo de me apegar de novo e de... Enfim. Mesmo com
medo eu fui, porque de alguma forma parecia que a gente estava escrito. A gente
era pra acontecer. Mas, que bruta a vida, não é? Aquele medo não saia de mim,
mas para além dele o que eu estava passando a sentir me trazia uma coragem, uma
vontade de acreditar que podia ser, que eu podia tentar, que eu devia seguir o
que meu coração passara a sentir por nós.
Nós fomos até aqui essa
coisa linda, esses risos, essas piadas, as vezes ciúmes, mas sempre um carinho
e um afeto que os nossos olhos não paravam de evidenciar. Cada toque nosso foi
uma descoberta e parece que tínhamos um o segredo do corpo e da alma do outro. Tudo
isso porque a gente foi essa coisa rara, que parece acontecer pouquíssimas
vezes na vida. Não foi amor de esquina, foi amor de sinergia. Foi uma dessas coisas
que se pode estar velhinho, mas que a gente vai lembrar e vai desejar que
nossos netos, nossos filhos encontrem almas que se completem como as nossas. Porque
até quem nos vê de longe consegue enxergar a beleza do cuidado, o cuidado do
afeto, o afeto que nos une.
Nota de rodapé: se
puder não me esquece, não me largue... Ainda temos muito pra dançar/viver
juntos.
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