quarta-feira, 28 de setembro de 2016

MESMO CHEIA DE MEDOS EU ACREDITO EM NÓS...



Dessa vez eu não queria escrever coisas bonitas. Não queria mesmo. Não sei o que vai sair dessa linha em diante, pois deixei a cargo da alma e do coração o que será dito. Queria te dizer do que me chateia. Dizer que não tenho paciência para quem não sabe o que quer. Dizer que odeio como teu sorriso me desmonta. Dizer que me irrito comigo mesma quando eu quero te chamar pelo teu nome, mas só consigo te chamar de Amor. Odeio quando vacila e acha que eu vou esquecer e nem toca no assunto. Tu sabe que não esqueço. Dizer que detesto ficar longe, mas detesto mais ainda ter que admitir que minha alegria depende um pouco de ti. Dizer que não quero viver um relacionamento desconfortável, indefinido. Eu não quero ser menos do que sou. Dizer que agradeço as boas energias que fizeram a gente se encontrar, pois ao teu lado eu consigo ser o que realmente sou e contigo não preciso ser menos do que as coisas mais verdadeiras que jazem em mim. Queria dizer que fiz uma poesia para nós e quero dizer que não quero nunquinha que cê saia da minha vida.
Bate um medo, sabe? De a gente sumir da vida do outro e nos tornarmos apenas lembranças e depois nem lembrarmos mais desse nosso jeitinho de amar, de fazer carinho, de cuidar. Medo de ninguém mais me aceitar como eu sou. De ninguém mais aceitar meu jeito como tu aceita, de ninguém realmente achar graça em meu jeito bobo como tu acha. Eu só não gosto nisso tudo é do medo que tenho de tudo isso não passar de coisa da minha cabeça e de tu nunca ter gostado de mim do tanto que penso que gosta. Bate um medo que já é um velho companheiro meu. Medo de a gente ser medroso demais a ponto de não se permitir todas as delícias desse amor bonito.
Eu já briguei, já chorei, já ri muito e já te beijei compulsivamente. Já te fiz raiva, já te fiz carinho e cafuné e já te dei amor. Eu já quis dizer “Eu te amo” muitas vezes, mas me contive por ter medo de te assustar, medo de estar sendo precipitada demais e, principalmente, medo de como irá reagir. Já quis dizer para não ir, já quis não te querer tanto. Já quis me convencer de que não gostavas tanto de mim e que eu não gostava muito de ti. Já tentei ficar longe, mas “cada vez que eu fujo eu me aproximo mais”. Eu já tentei não acreditar na gente e te julgar como eu julgaria qualquer outro homem, mas eu só consigo te ver como um homem especial demais, um ser humano com uma alma boa demais para ser julgado com méritos quaisquer.
Eu gosto de nós. Gosto de nossa química, mas tenho um medo enorme de tu me enganar. De tu estar por aí com outras. Tenho medo de acreditar que tu não é qualquer um e me decepcionar. Desculpa! Eu te disse que meus medos são muito imaturos, que eles podiam te irritar, mas eu tenho esses medos sim. Mas mesmo assim eu continuo acreditando em tu, mesmo depois daquela situação desconfortável do último fim de semana. Mesmo depois das coisas que não foram boas. Eu te falei do meu grande defeito: eu sou muito desconfiada. E aí quando tu dá uma mancada eu já fico pensando mil coisas. E não pense que me esqueço de nenhuma delas. Não esqueço nem das boas, nem das ruins.

Apesar de tudo, eu acredito em nós. Eu gosto de ter ao meu lado alguém que me aceita, que me melhora. Eu sei que relação não sobrevive com perfeição, pois somos humanos demais para não errarmos. Tá vendo como sou estabanada? Não sou nada fofa como tu sempre costuma me chamar, pois agora mesmo falei um monte de coisas que são verdadeiras demais. Mas, eu não poderia dizer o que não sinto. Eu sou isso: verdadeira demais com o que sinto. Eu acredito que podemos dar certo e oro todos os dias para que isso aconteça. Então, que o Tempo Rei seja nosso melhor amigo. E que nós sejamos sempre abrigo-amor-amigo um do outro. Ah, eu tenho medo de ter medo demais. E já que eu tomei coragem para falar isso tudo, tomarei coragem pra dizer que Te Amo! E depois de ter dito isso eu fico aqui pensando em como reagiria se eu falasse isso pra ti. Aí que medo, amor.

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